A realização do prensauto me exigiu um pouco de sacrifício, persistência e muita paciência. Foram quatro tentativas até dar certo. Creio que usei pouca quantidade de argila nas outras vezes. Mas foi importante ter que trabalhar com esses “sentimentos”, pois sou muito afobada e ansiosa, corro o tempo todo e quero tudo pra ontem, e tudo limpo e organizado! A bagunça na hora me desestabiliza e isso me angustia, mas depois me faz um bem tremendo, liberta e revigora...Ao iniciar o processo eu tinha bem firme o objetivo de “retratar” o universo feminino, mas quando começou a não dar certo confesso que eu fiquei tão ansiosa com a realização da tarefa que meu objetivo era mesmo o de que ela desse certo, de que fosse concluída.
Quanto à escolha dos objetos autobiográficos, tive bastante dificuldade em escolhê-los. Eu não tenho muitas relações afetivas com objetos. Procurei seguir então uma temática que vem me acompanhado neste Curso, o universo feminino. Minhas escolhas são um vidro de perfume, o qual eu acho de bonito design, porque me lembra frascos de perfumes bem antigos, gosto da fragrância e ganhei do meu esposo e dos meus filhos em um “Dia das Mães”, data bem significativa; e dois bonequinhos orando (bibelôs), um menino e uma menina, que pertencem aos meus filhos, sendo justamente a presença única e maravilhosa deles na minha vida que eu tive intenção de deixar registrada/gravada/marcada. Não sei se será dessa forma que será percebido, pois cada ser traz na sua visão o seu viver, mas acho que ele encaminha, sugere, abre essa possibilidade.
Gostei muito da sugestão de exposição do nosso prensauto sobre uma almofada, dá uma sensação de descanso, ou de “rainha”, mas acho que ele dentro de uma bacia de alumínio bem gasta, com as marcas de uso bem presentes também seria legal, dando a sensação de pés lavados, limpos, de perdão, de solidariedade.......Creio que em qualquer uma dessas formas de exposição meus objetivos de representação do universo feminino seriam atingidos.
Penso que a atividade/ técnica pode (e deve) ser feita com os alunos, mas acho que eu não ousaria fazer com o pé, faria com a mão para começar e deixaria eles escolherem qual delas, não direcionaria para a direita. Sou canhota e preferiria ter feito o meu pé esquerdo.
