dentro do jardim o dia chega mais cedo ao fim - Alice Ruiz

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domingo, 29 de novembro de 2009

História da Educação - contextos...

PERÍODO 1920
CONTEXTO HISTÓRICO Aumento da exportação agrária, desenvolvimento industrial em aceleração que atraem imigrantes (principalmente italianos e alemães) que estão sem trabalho por causa da 1ª guerra mundial, que chegando aqui não encontram legislação para proteção do trabalhador e então organizam organizações sindicais embasadas nos prismas do socialismo, anarquismo e comunismo, ideais trazidos da Europa.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA Lutam por uma educação para a formação política dos proletaríados que até então só tinham a educação como processo para alfabetizar, que já fora conquista advinda das necessidades da revolução industrial.
ATORES Imigrantes Proletariado Pensadores europeus que estavam inssatisfeitos com o capitalismo e burguesia.
AUTORES Karl Marx, Friederich Engels
TEORIAS/ CORRENTES/IDEAIS Socialista-defende uma educação baseada em princípios como justiça, igualdade e distribuição de riqueza.
Anarquista- supera o socialismo. Embora defenda uma escola independente, livre da igreja e do Estado, não preocupa-se com a escola para todos.
Comunista- Defende uma sociedade livre de classes sociais, negando a propriedade privada e o Estado.

PERÍODO 1922
CONTEXTO HISTÓRICO Surgimento de movimentos culturais como a Semana de Arte Moderna, que buscava uma valorização dos padrões nacionais. Expansão do capitalismo.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA Escola Nova: movimento de oposição à escola tradicional, voltada para a transmissão de conteúdos. Disputa e divergências entre igreja (ensino privado) e pensadores que defendiam que somente as escolas públicas deveriam receber verbas do Estado e o sistema estatal laico, com escola para todos. Busca amenizar desigualdades e uma sociedade igualitária.
ATORES Artistas , Autores, Políticos, Pensadores.
AUTORES John Dewey (com influência do Pragmatismo de William James) Anísio Teixeira
TEORIAS/ CORRENTES/IDEAIS Educação Universal Pedagogia progressista: aprender fazendo
interesse do aluno formar indivíduo autônomo e preparado para participação. Pensamento político filosófico, liberal e democrático. Pragmatismo: valoriza o concreto, o que tem funcionalidade e utilidade. Tríplice Revolução da vida Moderna: intelecutal pelas ciências, industrial pela tecnologia e social pela democracia.

PERÍODO 1932
CONTEXTO HISTÓRICO Governo provisório de Getúlio Vargas. Organização de movimentos (sem representação da classe popular, que continuou excluída) em busca de participação e conquistas democráticas, trabalhistas e educacionais.Aumento da produção industrial. Surgimento da burguesia industrial e comercial. Acúmulo de riquezas e obtenção de lucro. Tecnologia moderna começa a substituir força humana. Degradação do proletariado.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA O homem priorizado e valorizado pelo que tem e consome, não pelo que é. Necessidade de mão-de-obra capacitada. Manifesto dos pioneiros da Educação Nova: Busca pelo ensino público, obrigatório, gratuito e laico, sendo dever do Estado, formação universitária dos educadores.Critica o sistema dual de ensino(uma escola para ricos e outra para pobres) e uma única educação básica nacional. Defende a universidade caracterizada pela tríplice função: ensino, pesquisa, extensão.Acarreta a insatisfação dos educadores religiosos, pois os mesmos desejavam que a educação se mantivesse enraizada pelos dogmas religiosos e pela perda da hegemônia da iniciativa privada.
ATORES Educadores e autores.Francisco Campos (Ministro da Instrução e Saúde Pública)
AUTORES Fernando de Azevedo Émile Durkheim

PERÍODO 1934
CONTEXTO HISTÓRICO Getúlio buscando manter-se no poder adota medidas como a consolidação da constituição de 1934.
EDUCAÇÃO BRASILEIRAConstituição de 1934, primeira a apresentar um capítulo sobre a educação. Fixa o 1º Plano Nacional de educação. Garante o ensino público, obrigatório para o 1º grau, gratuito e interconfessional, e o direito à educação. Difunde o ensino público e gratuito .
Ela normatiza que o Ensino religioso é obrigatório para as escolas e facultativo para os alunos buscando amenizar a insatisfação da igreja. Preocupação com o analfabetismo que atrapalha o progresso do país. Ainda permanece a valorização do ensino privado.

PERÍODO 1937
CONTEXTO HISTÓRICO Golpe de Estado por Getúlio Vargas. Estado controla tudo. Censura à manifestações intelectuais e à imprensa. Segunda guerra mundial. Holocausto.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA Constituição de 1937 excluí decreto que garante a escola como direito de todos. Ênfase nas escolas privadas. Presença forte do sistema dual de ensino novamente, ensino secundário e superior para a elite, e primário e profissional para a classe popular. Até nesse momento a educação primária não sofreu nenhuma mudança no seu modelo constituído pela lei de 1827.
TEORIAS/ CORRENTES/IDEAIS Autoritarismo Fascismo Nazismo

PERÍODO 1942/1946
CONTEXTO HISTÓRICO Embora busque uma reaproximação das idéias democráticas para tentar manter-se no poder, em 1945 Vargas é deposto pela oposição e pelas Forças Armadas.General Dutra é eleito por eleições diretas. Constituição de 1946 restabelece o regime democrático no país.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA Leis orgânicas que estruturam o ensino secundário e o ensino industrial e comercial.Criam o INEP, o Instituto Nacional do Livro, do Serviço e patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o SENAC e o SENAI. Surge o orientador educacional (garantir a ordem e disciplina). Olhar para a educação primária, que passa a ter três finalidades básicas: iniciação cultural, desenvolvimento da personalidade, ampliação dos conhecimentos para a vida em sociedade e para o trabalho, divide-se em duas categorias, o primário fundamental ( faixa etária de 7 à 12 anos, dividido em dois cursos o primario elementar- duração de 4 anos- e o primário complementar – duração de 1 ano) e o secundário destinado aos adolescentes e adultos.
O ensino normal passa a ser frequentado também por mulheres. Ele passa a adequar-se na formação de professores.
ATORES Ministro Gustavo Capanema

PERÍODO 1959
EDUCAÇÃO BRASILEIRA Manifesto dos educadores – movimento organizado para acelerar as discussões para implemtneção da LDBEN que já vinha sendo discutido desde 1946. Questões Políticas da educação.

PERÍODO 1961
CONTEXTO HISTÓRICO Ressurgem movimentos de participação popular que se preocupam com os problemas do povo, principamente com o analfabetismo e com a cosncientização política, e em sua valorização e difusão de suas culturas.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA Criada a primeira LDBEN – 4024/61
Defasada, principalmente por não condizer mais com a realidade do país e ignorar os problemas da educação, como a falta de vagas e de formação para professores. Movimento de Cultura Popular e a criação do PNA – Plano Nacional de Alfabetização.
ATORES Florestan Fernandes Carlos Lacerda Anísio Teixeira Paulo Freire
AUTORES Kant Dewey Marx
TEORIAS/ CORRENTES/IDEAIS Pedagogia libertadora e conscientizadora.

PERÍODO 1964
CONTEXTO HISTÓRICOGolpe militar.Volta da censura. Exôdo rural. Aumento da miserabilidade.
Violência, tortura e perseguição à opositores do governo.Exílio.Acordos com os Estados unidos da América.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA As reformas políticas educacionais apontam para o não-diálogo. O PNA é extinto e acusado de ser subversivo da ordem. Escola visa atender necessidades tecnicistas, industrial e tecnológicas, da sociedade.Vestibular classificatório. Acordo MEC/USAID propoe reformas autoritárias e domesticadora – ensino atrelado ao modelo econômico.
AUTORES Taylor Comte Skinner
TEORIAS/ CORRENTES/IDEAIS Autoritarismo Tecnicismo Positivismo

PERÍODO 1968
CONTEXTO HISTÓRICO Ainda sob a ditadura militar.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA LDBEN 5540/68 Traz reforma educacional para a universidade, mais sem a discussão que houve anteriormente (LDBEN 4024/61).
Vestibular unificado e classificatório, sistema de créditos, nomeação de reitores e de pessoal pelo governo.

PERÍODO 1970
EDUCAÇÃO BRASILEIRA Implantação do Mobral , pois apesar do mesmo ter sido criado em 1967, é só em 70 que ele começa atuar decididamente no campo de “alfabetização funcional”.

PERÍODO 1971
CONTEXTO HISTÓRICO Governo Médici.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA LDBN 5692/71 Reforma 1º e 2º graus – Feita sem participação de professores/estudantes- obrigatoriedade escolar é ampliadade de 4 para 8 anos, disciplina de civismo(impõe a ideologia da ditadura militar), eliminação do dualismo(secundário e técnico), ensino supletivo com cárater compensatório. Curso profissionalizante para todos. Aumento exagerado da privatização do ensino.
TEORIAS/ CORRENTES/IDEAIS Pedagogia não-crítica

PERÍODO 1996
CONTEXTO HISTÓRICO Assume como presidente da república Fernando Henrique Cardoso, Eleito por eleições diretas.
EDUCAÇÃO BRASILEIRA LDB 9394/96 “Palavras-chave da Lei” Liberdade, Igualdade, Pluralismo de Idéias,acesso, permanência, direitos, deveres, valorização do profissional, Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, EJA, Educação Especial, Educação Superior, Profissional, carga hrária mínima, dias letivos mínimos, participação, proposta pedagógica, currículo, avaliação qualitativa prevalece sobre a quantitativa, etc...
AUTORES Piaget Freire Vigotsky Pherrenoud Foucalt Rubem Alves...
TEORIAS/ CORRENTES/IDEAIS Construtivismo

Após os apontamentos e localização dos acontecimentos que envolveram a educação desde até chegarmos nos dias de hoje, é com tristeza que podemos perceber que apesar dos evidentes avanços ainda sobram resquícios de um tempo doloroso, onde o fato de ser humano, não lhe garantia o direito de viver como tal, onde quem mandava e o que importava eram o dinheiro, o poder, os interesses (sempre de outros). Nosso mundo ainda está assim, e a educação se vê acrescida desse ônus, pois espera-se que através dela comece a busca por um caminho de vida digna para todos, de acesso a uma escola pública de qualidade, com um currículo que possa tornar o aluno um ser autônomo, livre?, e a participação de fato na comunidade, em busca de uma sociedade mais justa e igualitária. O número de excluídos, de analfabetos de hoje não é por acaso, vêm dessa história de segregação, de desvalorização do ser e seus valores, e embora hoje existam políticas compensatórias em busca da recuperação desses prejuízos de vida, não apagam as memórias e marcas desses tempos.
Em termos de avanço cito expansão da rede escolar, uma busca maior pela formação do profissional que trabalha na educação, uma maior abertura à participação da comunidade em todos os segmentos, um currículo mais apropriado, mais contextualizado com a realidade do aluno, uma busca pela valorização do homem (ser humano) e da sua cultura, …, a própria LDB 9394/96.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Só um lembrete do Quintana ....


SEISCENTOS E SESSENTA E SEIS
"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas."

Mário Quintana ( In: Esconderijo do tempo)

Fontes:

WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mário_Quintana

Último acesso em 12Nov.2009.

PASSEIWEB. Disponível em: http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/resumos_comentarios/e/esconderijos_do_tempo

Último acesso em 12Nov.2009.



MAPAS CONCEITUAIS

Mapa conceitual elaborado por três alunas do 2º ano de alfabetização após visita ao Jardim Zoológico.


A idéia de mapas conceituais foi desenvolvida na década de 70 pelo pesquisador norteamericano JOSEPH NOVAK.

O que são mapas conceituais?
SÃO FERRAMENTAS PARA ORGANIZAR E REPRESENTAR O CONHECIMENTO.

São baseados na teoria da aprendizagem significativa de David Ausubel.
APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA
(NOVA INFORMAÇÃO + CONHECIMENTOS PRÉVIOS=
CONSTRUÇÃO, NOVO SIGNIFICADO, NOVO CONHECIMENTO)
São estruturados a partir de conceitos fundamentais e suas relações.
CONCEITO + FRASE DE LIGAÇÃO + CONCEITO
A dois conceitos, conectados por uma frase de ligação chamamos de proposição.

Para que servem?
➔ORGANIZAR IDEIAS.
➔AVALIAR PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
➔INDEXAR CONTEÚDOS.
➔EXTERNALIZAR O CONHECIMENTO.
➔REGISTRAR CONCEITOS RELEVANTES EM PESQUISAS BIBLIOGRÁFICAS...

Fontes:
WIKIPÉDIA. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa_conceitual
Último acesso em 12Nov.2009.

EDUCAREDE. Disponível em: http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=internet_e_cia.informatica_principal&id_inf_escola=642
Último acesso em 30Ago.2009.

Tânia Barbosa Salles Gava1, Crediné Silva de Menezes1,
Davidson Cury1- Aplicações de Mapas Conceituais na Educação como
Ferramenta MetaCognitiva - 1Departamento de Informática – UFES,
Vitória – ES – Brasil
http://www.nte-jgs.rct-sc.br/mapas.htm

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Universo Feminino










Meu primeiro ensaio fotográfico................


terça-feira, 28 de julho de 2009

Papel da Filosofia no Estudo da Educação


Não resta a menor dúvida de que uma das primeiras e mais importantes tarefas da filosofia da educação é a análise e clarificação do conceito de "educação". Fala-se muito em educação. “Educação é o caminho”, “educação é investimento”, “educação é para todos”, “as crianças hoje em dia não têm mais educação”,etc. Mas o que realmente será essa educação em que tanto se fala? Será que todos os que falam sobre a educação usam o termo no mesmo sentido, com idêntico significado? Dificilmente. Para os pais ela pode ter um significado, para empresários, outro, talvez ela não seja consenso nem mesmo entre os professores ( já ouvi um discurso em que a mesma professora dizia, em dois momentos distintos, aos mesmos alunos o seguinte: “eu não sou mãe de vocês, não tenho obrigação de aturar suas malcriações” e “as professoras são como suas mães, as segundas mães, vocês têm que respeitá-las”)... É a educação transmissão de conhecimentos? É a educação preparação para a cidadania democrática responsável? É a educação o desenvolvimento das potencialidades do indivíduo? É a educação adestramento para o exercício de uma profissão? As várias respostas, em sua maioria conflitantes, dadas a essas perguntas são indicativas da adoção de conceitos de educação diferentes. Este fato, por si só, já aponta para a necessidade de uma reflexão sistemática e profunda sobre o que seja a educação, não do sentido epistemológico da palavra, mas sobre o conceito de educação, que é bem polissêmico.
Assim que se começa a fazer isso, porém, percebe-se que a tarefa de clareza e de elucidação do conceito de educação é extremamente complexa e difícil. Ela envolve não só o esclarecimento das relações existentes ou não entre educação e conhecimento, educação e democracia, educação e as chamadas potencialidades do indivíduo, educação e profissionalização, educação e família, igreja, etc. Envolve, também, o esclarecimento das relações que possam existir entre o processo educacional e os fundamentos teóricos pedagógicos, correntes de pensamento e tendências. Uma reflexão que tenha por objetivo o esclarecimento do sentido dessas noções, dos critérios de sua aplicação, das suas implicações, e da sua relação entre si e com outros conceitos educacionais é tarefa da filosofia da educação.
Não cabe à filosofia da educação, “fornecer instrumentos, técnicas e métodos para a formação do homem e para a construção de uma sociedade ideal” (Kuiava), mas acompanhar de forma crítica e reflexiva a ação pedagógica, para que se possa “abandonar a ingenuidade e os preconceitos do senso comum”(M. Chaui), fazer as perguntas necessárias para que a aprendizagem aconteça realmente: educar para quê? Qual é o objetivo da educação que está sendo implementado e/ou qual deveria ser? Que cidadão “queremos”(quem quer) formar? Ouso dizer, que talvez devêssemos começar com a pergunta “que educadores somos?”. Para que se tenha maior coerência e consistência da nossa ação é necessário que saíamos, nos elevemos do senso comum ao nível da consciência filosófica de nossa própria prática, o que implica detectar e elaborar o bom senso. Para isso precisamos confrontar nossas experiências pedagógicas significativas vividas com as concepções sistematizadas da filosofia da educação. Destaco “vividas”, pois temos um novo olhar quando se faz uma formação já tendo experiências, bem diferente de quando desconhecemos a realidade que se fala, que se aponta.
Carbonara nos remete de forma objetiva à importância do diálogo pedagógico, da escuta e da busca pela sistematização filosófica numa relação com todas as áreas do conhecimento, não apenas nas humanas. Fala na transdiciplinariedade e na interdisciplinariedade, movimento que percebo presente em nosso curso de Graduação - Licenciatura em Artes Visuais pela UFRGS, especificamente falando, mas que passa longe das Escolas, pelo menos na em que eu trabalho e nas em que já trabalhei, não apenas pelo “não querer” de alguns professores/educadores, mas pela forma como o sistema está organizado, um professor que têm vinte horas como professor de Artes, por exemplo, pode trabalhar em até quatro escolas diferentes para cumpri-las, e muitas vezes não participar das reuniões pedagógicas, que são onde os momentos de troca, de debates, de construção de PPP, Currículo, Planos de Estudo, conhecimento de realidades específicas da comunidade, dos alunos,etc, acontecem. O ideal seria que se conseguisse essa sintonia.
Assim como não se pode separar educação e vida, também não podemos separar teoria e prática. Nesse sentido, pensando nesse homem integral para o qual queremos contribuir para formar, não só como professores, mas como pais também, necessitamos refletir sobre a formação que recebemos e naquela que damos, nas perguntas que fazemos e nas que calamos(tanto as nossas como as dos alunos, filhos), na criticidade que se quer no educando, mas que às vezes nós não temos, ou a temos meio apagada...Essas reflexões são propostas pela filosofia da Educação, e não há respostas prontas, mas sempre haverão muitas perguntas.
Referências Bibliográficas:
ARANHA, Maria L. A. Filosofia da educação. Ed. Moderna, 1989
CARBONARA, Vanderlei. SAYÃO, Sandro. Fundamentos da Educação. Filosofia; Antropologia. V.l. Caxias do Sul, 2004, p. 63-84.
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. Ed. Ática, São Paulo, 2000.
KUIAVA, Evaldo Antônio. Educação e Pedagogia. REGESD, 2009
O que é Filosofia. REGESD, 2009
O que é Filosofia da Educação. REGESD, 2009
SAVIANI,Dermeval. Contribuições da Filosofia para a Educação. Em Aberto. Brasília, ano 9. n. 45. jan mar 1990 - Artigo.

Educação e Pedagogia


Para Aranha “ a educação é um conceito genérico, mais amplo, que supõe o processo de desenvolvimento integral do homem”(físico, intelectual, moral, caráter, personalidade social), dentro de um contexto histórico social concreto, e a Pedagogia ( ou teoria geral da educação) é a ciência que traz o rigor conceitual, a sistematização dos conhecimentos, a fim de definir os fins a serem atingidos para tornar a prática mais eficaz para que se possa de fato promover esse desenvolvimento.

Bibliografia:
ARANHA, Maria L. A. Filosofia da educação. Ed. Moderna, 1989

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O que significa falar em Filosofia?


A Filosofia tem como papel a pergunta sobre o ser, sobre a razão existencial das coisas. Não é apenas o pensamento por si só, mas sim uma reflexão, para Saviani, reflexão – reflectere - que significa voltar atrás - é, pois, um re-pensar. Refletir é o ato de retomar (...). E é isto a Filosofia (Saviani, 1986, p. 23). A reflexão filosófica não acontece do nada, mas através da análise e da crítica pelo ser pensante, no exame do significado e dos fundamentos de conceitos, crenças, convicções e pressuposições básicas, mantidos por ele próprio ou por outros seres pensantes. A atitude filosófica, requer a habilidade de identificar, analisar e resolver os problemas.
Se há um espaço fértil para brotar a consciência filosófica e a reflexão crítica, esse espaço está na Educação. É nela que encontramos as contradições, as idéias, as vertentes teóricas, ideológicas e, a própria prática. Numa sociedade como a nossa, onde os valores humanos são reféns do modelo financeiro, onde “aquilo que todos fazem ou, mais terrível ainda, aquilo que todos pensam, nós tendemos a aceitar e incorporar como se fosse a realidade e a verdade, onde a repetição cria a ontologia: “É porque é”, “assim são as coisas...”” (Rubem Alves), se faz ainda mais necessário essa reflexão, para que possamos juntos pensar e caminhar na busca da implantação de projetos que possam significar mudanças para a vida dos nossos alunos e para as nossas também, tanto na escola como na sociedade.

sábado, 11 de julho de 2009

O Portfólio na Educação


O portfólio é um instrumento de construção de conhecimentos, tanto no processo de ensino, como no de aprendizagem, de uma forma diagnóstica e contínua, que acompanha e avalia um trabalho desenvolvido, onde se pode verificar e problematizar hipóteses em várias situações.
Portfólios de aprendizagem são mais do que coleções de informações importantes, são estratégias, são momentos incessantes de ação/reflexão/ação. Isso não quer dizer que o registro constante não seja necessário, é sim, e deve abranger diversas fontes:livros, revistas, jornais, internet, depoimentos dos outros envolvidos no trabalho_alunos, pais, comunidade, funcionários_ , anotações, pesquisa, dúvidas, conquistas, uma seleção de amostras do trabalho ,ou seja, a experiência escolar cotidiana.
Segundo Hernández (2000),
“o Portfólio é continente de diferentes classes de
documentos (notas pessoais, experiências de aula, trabalhos pontuais,
acompanhamento do processo de aprendizagem, conexões com outros temas fora
da escola, representações visuais, dentre outros) que proporciona uma reflexão
crítica do conhecimento construído, das estratégias utilizadas, e da disposição de
quem o elabora em continuar aprendendo. O Portfólio constitui uma forma de
avaliação dinâmica realizada pelo próprio aluno que mostra seu desenvolvimento e
suas mudanças através do tempo.”
Apesar do uso do Portfólio estar presente a mais de 20 anos nas Universidades, nas Escolas ele ainda é um instrumento pouco usado, ou usado de maneira incorreta, não tão abrangente, meio limitado. Como professora de 2º ano de alfabetização fiz com os meus alunos um “portfólio” de suas produções textuais, mas agora percebo que ele pode ser muito mais explorado, que ele precisa ser mais livre, oportunizando mais autonomia para que eles o organizem à sua maneira. Para iniciar o trabalho com os meus alunos em nossos pequenos Portfólios, usei os poemas de Carlos Urbim que deixo para que vocês se encantem com a simplicidade...

Caderno 1
Uma amiga
me deu
um presente
adorado:
um caderno de
papel
reciclado
nele escrevo
todo dia
o que digo
ser poesia
-que heresia!


Caderno 2
E agora neste caderno
eu invento
temas
para meus poemas

quinta-feira, 25 de junho de 2009

TICs - Tecnologias da Informação e Comunicação

O vídeo "Você Sabia" traz um fato lógico, mas nem por isso aceito por todos, principalmente por nós professores, o de que o aluno que temos aí não é mais o mesmo de anos atrás. As evoluções tecnológicas deixaram de ser notícia e viraram situações cotidianas, pois praticamente em toda família existem telefones celulares, e a maioria dos aparelhos com câmera fotográfica, e o computador está cada vez mais presente. Pesquisei na Escola em que eu trabalho (que é pública e fica numa zona periférica da cidade) e a média de alunos que têm computador é de no mínimo 3 por turma, sendo que a partir da quarta série, sobe bastante (8 por turma). Não podemos negar que essa informação corre mais rápido, que os alunos não queiram mais o trivial. Ao mesmo tempo, temos muitos professores que não usam ou não têm interesse no computador, trazendo uma relação conflituosa e por vezes confusa com as novas tecnologias. O uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) é uma relação relativamente nova, mais necessita estar mais presente nas escolas, nas discussões de professores. Começamos a perceber que precisamos nos aliar à esses instrumentos ( tecnologia + conteúdos = oportunidades de ensino), deixando de ficar apenas criando regras para utilizá-los. Na revista Nova escola desse mês tem uma matéria sobre o assunto, onde traz inclusive, sugestões de atividades para o desenvolvimento de vários componentes curriculares.
Por fim, o uso da tecnologia vale a pena se for para fazer aprender mais e melhor.

Pesquisa Bibliográfica Paul Klee, Alfredo Volpi e Tarsila do Amaral

Paul Klee Alfredo Volpi Tarsila do Amaral
O suíço Paul Klee (1879/1940), desde garoto gostava de desenhos. No início se interessava por representar fantasias, inspirado nos contos que sua avó contava, muitos, dos quais ela mesmo ilustrava.
Depois da morte da avó, começou a desenhar suas primeiras paisagens, e com 19 anos iniciou em uma Escola particular de arte(Knirr), orientado pela Academia à qual se apresentou em Munique. Na escola Knirr limitou-se a produzir nus e retratos. Seus passos em direção ao Movimento Expressionista, iniciaram-se em 1899, sendo que suas paisagens tiveram notáveis mudanças, perdendo a objetividade e tornando-se mais monumentais e românticas.
Em 1901 viaja para a Itália na companhia do escultor Hermann Haller, e após esta viagem, passa por uma profunda revisão de todas as suas crenças e teorias sobre arte, além de sofrer forte influência visual e estética da pintura italiana.
Ao longo dos anos teve influência de vários artistas, entre eles Goya, Kandinsky e outros artistas do grupo chamado Der Blaue Reiter, e Delaunay. Sua fascinação pela linha e tonalidade é particularmente aparente nas ilustrações que ele fez para Candide, de Voltaire, em 1911 e 1912.
Ficou um período sem pintar oficialmente, enquanto serviu como oficial do Exército durante a Primeira Guerra Mundial. Lecionou com o grupo Bahaus e Düsseldorf.
Alfredo Volpi (1894/1988) de origem italiana, mas que veio morar no Brasil muito novo, incorporou à sua obra valores dos grandes mestres italianos, mesclando às cores brasileiras, usando tonalidades inusitadas de azuis, verdes, terras. Seus trabalhos retrataram a nossa paisagem, na periferia e no litoral, e numa comunicação direta, representou o gosto popular, experimentando e criando uma técnica inovadora em pintura sobre tela, valorizando a cor e forma.
Simplificando para extrair a essência, preservou o prazer de criar e pintar, sem teorias e enquadramentos, mesmo cercado por movimentos artísticos radicais. Participou de vários salões do Construtivismo e Concretismo. É considerado um dos maiores pintores brasileiros, sendo muito premiado e homenageado.
Tarsila do Amaral (1886/1973), dentre estes artistas a única conhecida por mim, pois suas obras são mais comentadas (pelo menos no meu círculo social) e podem ser encontradas até mesmo nos Livros Didáticos, mas sem um caráter depreciativo, e sim com o intuito de aproximar os alunos da Arte. Tarsila, filha de pais abastados, passou parte da infância e adolescência nas várias fazendas dos pais, às quais servem de referência no uso das cores e dos temas caipiras, cotidianos do nosso País. Foi ela quem criou o conceito de brasilidade. Por ser de família de posses, teve oportunidade de estudar em boas Escolas, inclusive na Académie Julian em Paris. Seus trabalhos passam por vários momentos/movimentos/ fases: Impressionista, Cubista, Pau-Brasil, Antropofágica e Social. Sendo precursora nessa última, com o quadro “Operários”. Tarsila foi uma mulher à frente a sua época.
Ao visualizar o trabalho dos três artistas percebi semelhanças no uso expressivo das cores e tonalidades, já no uso das linhas, penso que Tarsila prefere as curvas, dando formas mais arredondadas, enquanto Klee e Volpi fazem mais o uso das linhas retas, me parecendo mais geométrico, embora perceba-se a presença dos Movimentos Artísticos nas obras de todos. Algo muito interessante e de certa semelhança também, é que todos os três artistas pesquisados trazem obras de conteúdo do universo infantil, sendo possível à apreciação dos mesmos por crianças de todas as idades. No site oficial de Tarsila inclusive está sendo preparado o espaço “Tarsila para crianças”.

Fontes:
http://entretenimento.uol.com.br/album/alfredo_volpi_20_anos_album.jhtm
http://cultura.portaldomovimento.com/paul_klee.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Klee
http://www.tarsiladoamaral.com.br/index_frame.htma